Juros dos títulos avançam em meio a incertezas no mercado

As taxas dos títulos do Tesouro Direto iniciaram a terça-feira (18) em alta, seguindo a tendência do fechamento do pregão anterior. Na primeira atualização do dia, os papéis prefixados para 2028, 2032 e 2035 registravam rendimentos de 14,40%, 14,44% e 14,42%, respectivamente, acima dos 14,39%, 14,38% e 14,36% do dia anterior.
Nos títulos atrelados à inflação, o Tesouro IPCA+ com vencimento em 2029, 2040 e 2050 apresentava taxas de 7,36%, 7,22% e 7,23%, refletindo um leve avanço em relação aos 7,36%, 7,21% e 7,17% da sessão anterior.
Impactos no mercado
A elevação nas taxas de juros, especialmente nos prazos mais longos, acompanha o movimento dos ativos de risco. O Ibovespa e o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (Ifix) encerraram a segunda-feira em alta de 0,26% e 0,87%, respectivamente.
De acordo com analistas, os mercados já precificam um cenário político incerto para 2026, com especulações sobre uma possível mudança no comando do país. Dentro do próprio governo, há a percepção de que o presidente Lula precisa reverter a queda na sua popularidade até o fim do ano para ter chances mais concretas em uma reeleição.
Uma pesquisa recente do Datafolha indicou que a aprovação do presidente caiu 11 pontos percentuais, atingindo o menor nível de seus três mandatos.
Atividade econômica em queda
Além das incertezas políticas, os dados econômicos também pressionam o mercado. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado um termômetro do PIB, apontou uma retração de 0,7% em dezembro na comparação com novembro, registrando o pior desempenho desde maio de 2023.
Diante desse cenário, os investidores seguem atentos às movimentações econômicas e políticas, o que pode continuar influenciando as taxas do Tesouro Direto nos próximos pregões.