Na quarta-feira, o dólar à vista caiu 2,72%, encerrando a R$ 5,7558

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Após registrar a maior queda diária do governo Lula na véspera, o dólar fechou a quinta-feira praticamente estável em relação ao real, influenciado por dois fatores principais: a desvalorização da moeda americana no mercado internacional e ajustes técnicos decorrentes do forte recuo das cotações na quarta-feira. O dólar à vista terminou o dia com leve alta de 0,07%, cotado a R$ 5,7598, depois de ter perdido 2,72% no dia anterior, quando fechou a R$ 5,7558. No acumulado do ano, a moeda dos EUA já recuou 6,78%. Às 17h04, na B3, o dólar futuro para abril, que é o contrato mais negociado no momento no Brasil, subia 0,29%, alcançando R$ 5,7865.
Cotação do dólar comercial:
- Compra: R$ 5,755
- Venda: R$ 5,755
Cotação do dólar turismo:
- Compra: R$ 5,946
- Venda: R$ 6,126
O que influenciou o dólar hoje?
Pela manhã, o dólar chegou a apontar para mais um dia de perdas frente ao real, acompanhando a tendência de enfraquecimento da moeda americana no exterior. Esse movimento foi impulsionado pelo corte de juros anunciado pelo Banco Central Europeu (BCE), que fortaleceu o euro, e pelas preocupações de que a guerra comercial liderada pelos Estados Unidos possa prejudicar sua própria economia. Às 11h04, o dólar à vista atingiu sua mínima do dia, a R$ 5,7328, uma queda de 0,40%.
Na parte da tarde, porém, a moeda americana ganhou força no Brasil, com uma recuperação parcial dos preços após a queda acentuada da véspera. Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora, explicou que esse movimento foi um “ajuste técnico” devido à forte desvalorização de quarta-feira, quando o dólar caiu muito em uma sessão mais curta, típica da Quarta-Feira de Cinzas pós-Carnaval. Às 13h43, o dólar à vista alcançou sua máxima, a R$ 5,7816, com alta de 0,45%. Depois disso, manteve-se estável até o fim do pregão, sem eventos significativos que alterassem as cotações.
Os investidores continuaram atentos às tensões comerciais entre os Estados Unidos e seus parceiros. Mais uma vez, o presidente americano, Donald Trump, amenizou medidas tarifárias. Após conversar com a presidente do México, Claudia Sheinbaum, Trump anunciou que o México ficará isento de tarifas sobre produtos do acordo comercial EUA-México-Canadá (USMCA) até 2 de abril, quando tarifas recíprocas estão previstas. Na véspera, ele já havia adiado por 30 dias a imposição de tarifas de 25% sobre veículos do México e Canadá que seguissem as regras do mesmo acordo de 2020.
Nesse contexto de alívio nas tensões comerciais, o real entrou em um modo de espera, aguardando a divulgação do relatório de empregos dos EUA (payroll) na sexta-feira. Esse dado, que será revelado pela manhã, pode trazer novas pistas sobre o rumo dos juros americanos e influenciar os mercados. No exterior, às 17h14, o índice do dólar, que compara a moeda americana a uma cesta de seis divisas, registrava queda de 0,21%, ficando em 104,070. Pela manhã, o Banco Central do Brasil realizou a venda de 20 mil contratos de swap cambial para rolar o vencimento de 1º de abril de 2025.