Dólar cai abaixo de R$ 5,70 com alívio nas tarifas e Datafolha

O dólar à vista encerrou o dia anterior com leve alta de 0,10%, cotado a R$ 5,7679.

O dólar encerrou a sexta-feira em queda de 1,22%, cotado a R$ 5,6974. Esse é o menor valor de fechamento desde 7 de novembro de 2024, quando atingiu R$ 5,6759. Na semana, a moeda norte-americana acumulou desvalorização de 1,65%, registrando a sétima sequência semanal de perdas no Brasil. No acumulado do ano, a baixa já chega a 7,79%.

No mercado futuro, o contrato do dólar para março, considerado o mais líquido, recuava 1,19% às 17h10 na B3, sendo negociado a R$ 5,7080.

Cotação do dólar hoje

  • Dólar comercial
    • Compra: R$ 5,696
    • Venda: R$ 5,696
  • Dólar turismo
    • Compra: R$ 5,82
    • Venda: R$ 6,00

Por que o dólar caiu hoje?

A desvalorização do dólar ocorreu em meio ao alívio nos mercados após o governo Trump adiar a aplicação de tarifas de importação recíprocas. Embora o ex-presidente tenha anunciado medidas contra países que taxam produtos dos Estados Unidos, a decisão final foi apenas uma orientação para sua equipe econômica estudar as possíveis sanções. Isso abriu espaço para negociações e reduziu os temores de uma escalada protecionista.

Além disso, dados divulgados pelo Departamento de Comércio dos EUA mostraram que as vendas no varejo caíram 0,9% em janeiro, contrariando a expectativa de recuo de apenas 0,1%. O dado reforçou a visão de que o Federal Reserve pode não precisar manter juros elevados por tanto tempo, contribuindo para a desvalorização da moeda americana.

No cenário doméstico, o dólar também continua devolvendo os ganhos acumulados no fim de 2024, quando o mercado reagiu a incertezas fiscais no Brasil. Em 2025, a moeda já acumula queda de 7,2%.

Outro fator que influenciou os mercados nesta sexta-feira foram as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele afirmou que a economia brasileira surpreenderá positivamente neste ano e garantiu que sua gestão seguirá o “óbvio” na condução econômica.

No final do pregão, a pesquisa Datafolha impactou os ativos, impulsionando o Ibovespa e contribuindo para a queda do dólar.

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