Inflação em alta: projeção sobe pela 18ª semana seguida

Expectativa para PIB recua e juros seguem em patamar elevado

O mercado financeiro voltou a elevar a projeção da inflação para 2025, marcando a 18ª alta consecutiva no relatório Focus. A expectativa para o IPCA subiu de 5,58% para 5,60%, superando o teto da meta estipulada em 4,50%. Já a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi reduzida de 2,03% para 2,01%. Enquanto isso, as projeções para o dólar e a taxa Selic se mantiveram inalteradas.

Inflação segue pressionada

Além do aumento na estimativa para 2025, a expectativa do IPCA para 2026 também subiu pela oitava semana seguida, de 4,30% para 4,35%. Para 2027, a projeção passou de 3,90% para 4,00%. A partir deste ano, a meta de inflação passa a ser medida de forma contínua, com base nos últimos 12 meses. O Banco Central já indicou que, caso o IPCA permaneça acima do limite de tolerância por seis meses consecutivos, a meta será considerada descumprida.

O Comitê de Política Monetária (Copom) reconheceu que o cenário inflacionário segue adverso, com destaque para a alta nos preços dos alimentos e a influência da variação cambial sobre os bens industrializados. Diante desse quadro, o Banco Central elevou a taxa Selic para 13,25% e sinalizou um novo aumento de 1 ponto percentual, alcançando 14,25% na próxima reunião de março.

PIB em queda

A projeção para o crescimento da economia brasileira em 2025 recuou para 2,01%, ante 2,03% na semana anterior. Para 2026, a previsão permaneceu em 1,70%, enquanto o Banco Central estima um crescimento de 2,10% para este ano.

Taxa de juros e câmbio

As expectativas para a Selic no fim de 2025 seguem estáveis em 15,0%, enquanto a previsão para 2026 ficou em 12,50%. Já para o câmbio, a cotação do dólar projetada para o fim de 2025 e 2026 manteve-se em R$ 6,00.

Com um cenário de inflação persistente e crescimento econômico moderado, os agentes do mercado seguem atentos às próximas decisões do Banco Central e aos desdobramentos da política monetária.

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